Veja algumas medidas para aumentar a segurança digital do seu negócio e evitar prejuízos
A Internet das Coisas Industrial ou IIoT está transformando fábricas e operações ao permitir monitoramento remoto, automação inteligente e otimização industrial. Mas, a inovação traz desafios de segurança. Sensores IoT e sistemas mal protegidos são pontos vulneráveis para ataques cibernéticos, resultando em roubo de dados, prejuízos financeiros e paralisações operacionais.
Esse risco é ainda mais alarmante no Brasil, o segundo país mais atacado no mundo, de acordo com o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, da Kaspersky. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, foram registradas mais de 700 milhões de tentativas de invasão no país, o equivalente a 1.379 ataques por minuto.
Entre todos os setores da economia, a indústria é um dos que mais sofre ataques de cibersegurança no Brasil e no mundo. No país, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, a indústria foi o setor mais afetado com ataques de malware, de acordo com a Kaspersky.
A área também é a segunda que mais sofre com ameaças persistentes avançadas (APTs) no mundo, representando 4,8% dos ataques, atrás apenas do governo e do setor militar (15,5%) e à frente até mesmo do setor financeiro (3,8%), segundo um relatório publicado pelo Group-IB em fevereiro de 2025. As APTs são técnicas de invasão contínuas, direcionadas e sofisticadas para invadir a rede do alvo. Uma das ferramentas para realizar esse tipo de ataque são os malwares personalizados, que são mais difíceis de localizar e, muitas vezes, mais danosos.
Apesar dos números, um estudo divulgado pela Fiesp em outubro de 2024 mostrou que apenas 44,2% dos fabricantes brasileiros possuem estrutura organizacional de segurança cibernética ou de informação. Para mitigar ameaças e evitar fazer parte das estatísticas negativas, investir em ações de segurança cibernética é essencial.
Confira cinco medidas para proteger sua empresa:
Capacitação dos funcionários
Uma pesquisa realizada em 2022 pela Fortinet constatou que 81% das empresas enfrentaram ataques a senhas e de softwares maliciosos, direcionados principalmente aos funcionários. Esse dado é um dos indicativos de que a conscientização dos funcionários é essencial para manter e aumentar a segurança digital das organizações.
Para reduzir os riscos, uma das medidas que pode ser adotada é a implementação de programas de treinamento regulares e abrangentes. Essa ação capacita os colaboradores a identificar e evitar ameaças como phishing – golpe em que os criminosos se passam por empresas ou autoridades no e-mail, telefone ou mensagens.
Além da identificação dos ataques, é importante abordar no treinamento outras boas práticas de segurança, como evitar o compartilhamento ou a repetição de senhas em diferentes sistemas. Também é essencial avaliar a qualidade dos treinamentos e a sua efetiva aplicação na rotina dos funcionários.
Controlar o acesso aos dados e sistemas
Limitar o acesso a dados e sistemas apenas aos funcionários que realmente necessitam do acesso é outra prática essencial na segurança da informação. Essa abordagem é conhecida como princípio do privilégio mínimo e reduz os riscos de exposição indevida e vazamento de informações sensíveis.
De acordo com a abordagem, cada parte de um componente de um sistema – seja um usuário, programa ou processo – deve operar com os menores privilégios possíveis para cumprir as suas funções. Assim, mesmo que uma parte seja comprometida, o acesso ao restante do sistema permanece limitado, reduzindo potenciais danos. Para realizar esse controle de acesso, é necessário adotar mecanismos de autenticação e autorização para que os colaboradores possam acessar apenas os recursos que precisam.
Usar autenticação multifator
A cibersegurança também aumenta ao exigir que o usuário forneça duas ou mais formas de autenticação antes de acessar um sistema. Chamada de autenticação multifator ou MFA, o processo protege sistemas contra acessos não autorizados. Caso uma senha seja comprometida, o invasor ainda precisará de um segundo ou terceiro fator para completar o login. Alguns exemplos são inserir um código que foi enviado para o celular ou e-mail, responder a uma pergunta secreta ou fazer reconhecimento facial.
Segmentar as redes e isolar a infraestrutura da internet
Para se proteger ainda mais contra ataques cibernéticos na indústria, é necessário estudar e avaliar a possível implantação de proteções em nível de rede. Uma delas é segmentação de redes, estratégia que divide uma rede em seções menores, isoladas umas das outras. Cada segmento é controlado por meio de hardwares ou softwares limitando o alcance de possíveis ataques cibernéticos. Se uma parte da rede for comprometida, as outras permanecem protegidas, reduzindo o impacto da invasão.
Além da segmentação de redes, uma estratégia para fortalecer a segurança cibernética industrial é o isolamento da infraestrutura da internet. Essa abordagem busca reduzir ou eliminar a dependência de redes externas, garantindo que sistemas críticos continuem operando de forma segura, mesmo em caso de ataques cibernéticos ou falhas na conexão com a internet.
Um exemplo é a implantação de servidores on premises, que permitem que sistemas operem sem depender da nuvem e com maior proteção dos dados. Nesse modelo, a infraestrutura de TI é instalada e mantida localmente na própria empresa. A abordagem reduz a vulnerabilidade a ataques digitais e aumenta a disponibilidade operacional, ao possibilitar que a infraestrutura industrial funcione de maneira segura e eficiente.
Também é providência comum desenhar e implantar as redes de sensores de IOT Industrial para que funcionem isoladas da internet. A medida reduz riscos de eventuais falhas de segurança em componentes de terceiros comprometerem o ambiente industrial.
Em ambientes fabris, essas estratégias evitam o acesso de sistemas críticos, como máquinas industriais, sensores e sistemas de controle, pela internet ou por dispositivos não autorizados.
Adotar uma VPN site-to-site
Caso não seja possível segmentar ou isolar a infraestrutura da internet, é essencial adotar outras soluções de segurança para o uso online da conexão. Quando uma infraestrutura em nuvem é usada, há possibilidade de estabelecer a conexão de rede entre dois ou mais locais – como a matriz, filiais e a nuvem – por meio de uma rede privada virtual ou virtual private network (VPN) site-to-site ou site a site.
Ao contrário da VPN individual que cria uma conexão entre um dispositivo e um servidor remoto, a VPN site-to-site conecta duas ou mais redes locais inteiras. Desse modo, todos os dispositivos dentro dessas redes de conexão se comunicam como se estivessem fisicamente no mesmo local. A solução é mais usada em ambientes corporativos e aumenta a segurança contra ataques cibernéticos em indústrias.
Se também não for possível estabelecer conexões de rede baseadas em VPNs site-to-site e houver a necessidade de uso de infraestrutura em nuvem, é importante manter aberto somente as portas de rede necessárias. As portas de rede são os pontos de identificação numéricos que, junto com o endereço IP, permite que o sistema operacional direcione o tráfego de dados.
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