O SaaS, modelo em que o software tipicamente fica hospedado na nuvem, facilitou o acesso de aplicativos e sistemas por várias pessoas e empresas ao mesmo tempo, mas também trouxe novas questões de segurança digital
A tecnologia em nuvem, também conhecida como computação em nuvem ou cloud computing, possibilita o acesso remoto a dados, sistemas e aplicações pela internet, o que transformou a forma de uso de softwares, tornando-os mais acessíveis, flexíveis e eficientes. Ao mesmo tempo, surgiram novas preocupações com a cibersegurança e a segurança digital.
Um dos modelos de utilização mais populares dessa evolução é o SaaS, Software as a Service ou Software como Serviço. Mas, antes de entender o que ele é e como funciona, é importante compreender a definição de software.
O que é um software?
Um software é um conjunto de instruções, dados ou programas que indicam o que um computador — ou outros dispositivos — deve fazer e como executar o que foi pedido.
Ao instalar um programa no computador, ele permite a execução de tarefas específicas e a operação dos dispositivos. Desde editores de texto até sistemas de gestão, os softwares fazem parte do nosso dia a dia. Os mais conhecidos pelos usuários são: software de sistema (como Windows ou Linux) e de aplicação ou de aplicativo (jogos, editores de textos, apps de redes sociais e players de vídeos). Além deles, há softwares de programação ou de desenvolvimento, de rede e embarcado.
O que é Software como Serviço (SaaS)?
O SaaS é um modelo de distribuição de software no qual os aplicativos ficam tipicamente hospedados na nuvem e podem ser acessados via internet, sem instalação local. Esse modelo permite que pessoas e empresas utilizem softwares de forma mais prática, sem precisar lidar com instalações, atualizações ou custos elevados de infraestrutura.
Um exemplo de SaaS é o Assistente de Manutenção assistido por IA da Futago, agentes de inteligência artificial especialmente treinados para auxiliar os profissionais de manutenção. Um outro exemplo é o Documentos Google que permite criar e editar arquivos de texto diretamente no navegador e que dispõe de salvamento automático na nuvem.
Mas, apesar da praticidade, a segurança digital no uso do SaaS ainda é uma preocupação para muitas empresas e suscita dúvidas, principalmente com os riscos de vazamentos de dados e ataques cibernéticos.
Uma pesquisa da Kaspersky realizada em 2024, por exemplo, revelou que o Brasil é o segundo país mais atingido por ataques cibernéticos no mundo. Diante desse cenário, a segurança digital se torna uma prioridade, especialmente quando envolve a internet. Para reduzir riscos e evitar invasões, tanto os provedores de SaaS quanto os usuários devem adotar medidas de proteção robustas, garantindo a integridade dos dados e a prevenção contra ameaças externas.
Veja abaixo algumas perguntas comuns sobre o assunto:
Quais direitos o provedor de SaaS tem em relação aos dados dos clientes?
O acesso aos dados pelo provedor de um SaaS depende de vários fatores, como os Termo de Uso, a Política de Privacidade e as diretrizes estabelecidas pela legislação vigente, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Termo de Uso
O Termo de Uso, também chamado de Termo de Serviço ou Termos e Condições, é o contrato que estabelece as condições e regras para a utilização do serviço SaaS, como os direitos e obrigações do provedor e do usuário. O documento também aborda aspectos como responsabilidades, cobranças, segurança da informação, limitações de uso e procedimentos em caso de infrações.
Em geral, os Termos de Uso de um SaaS são igualmente aplicados a todos os usuários, ou seja, não são passíveis de alteração caso a caso.
Política de Privacidade
A Política de Privacidade explica como os dados dos usuários são coletados, processados, usados, armazenados e protegidos pelo provedor de SaaS.
No Brasil, quando envolvem dados pessoais, o documento deve atender aos princípios da LGPD, que torna obrigatório que as empresas obtenham consentimento explícito dos usuários para a coleta e tratamento de seus dados, além de informar claramente as finalidades para as quais essas informações serão utilizadas.
Ainda que a natureza dos dados de um SaaS específico não esteja coberta pela LGPD, a Política de Privacidade pode prever proteções ou condições de confidencialidade específicas do provedor de SaaS com os seus clientes.
Como fortalecer a segurança digital da empresa ao usar SaaS?
Além do provedor do serviço, a segurança digital do SaaS depende das boas práticas da equipe. Erros humanos, credenciais fracas e acessos indevidos podem expor dados sensíveis e comprometer a operação.
Confira boas práticas para fortalecer a segurança digital ao utilizar serviços SaaS na sua empresa:
Implemente autenticação multifator (MFA)
A segurança digital aumenta ao exigir que o usuário forneça duas ou mais formas de autenticação antes de conceder acesso ao sistema. Chamada de autenticação multifator ou MFA (“Multi Factor Authentication”), o processo protege sistemas contra acessos não autorizados. Caso uma senha seja comprometida, o invasor ainda precisará de um segundo ou terceiro fator para completar o login.
Eduque e treine os colaboradores
A capacitação dos funcionários é uma das principais medidas para aumentar a segurança digital nas organizações. Treinamentos regulares e abrangentes sobre boas práticas de segurança ajudam os colaboradores a identificar ameaças virtuais com mais precisão. Também promovem a conscientização sobre a importância de proteger credenciais, evitando o compartilhamento ou a reutilização de senhas em diferentes sistemas.
Controle o acesso aos dados e sistemas
Definir claramente quais funcionários possuem acesso a quais dados e funcionalidades dentro do serviço SaaS ajuda a aumentar a segurança digital. Implemente controles de acesso baseados em funções e revise periodicamente as permissões concedidas, garantindo que apenas pessoal autorizado possa acessar informações críticas.
Como o provedor aumenta a segurança digital para os seus clientes?
Para aumentar a segurança digital do Assistente de Manutenção e de todos os seus sistemas e softwares, a Futago adota medidas. Confira algumas delas:
Criptografia de dados em trânsito
A criptografia transforma dados legíveis em códigos indecifráveis sem a chave correta, protegendo as informações de roubos ou acessos não autorizados enquanto estão em trânsito. Quando as informações estão sendo compartilhadas pela internet, por exemplo, elas passam por muitos dispositivos e redes, o que coloca em risco a segurança se os dados não são codificados.
Atualizações e correções automáticas
O SaaS pode ser atualizado automaticamente pelo provedor, com correções de segurança, novos recursos e melhorias de desempenho, o que permite que vulnerabilidades de segurança sejam corrigidas rapidamente e que o usuário sempre tenha acesso à versão mais recente do aplicativo.
Monitoramento e detecção de ameaças
A Futago possui ferramentas avançadas de monitoramento contínuo, como antivírus e firewall de aplicativos web (web application firewalls), que ajuda a proteger os aplicativos web ao filtrar e monitorar o tráfego HTTP entre o aplicativo web e a internet, para identificar atividades suspeitas e detectar tentativas de invasão antes que causem danos.
Instalação on premises
Caso a empresa tenha políticas de segurança que não permitam o trânsito de documentos para fora do seu ambiente físico, o Assistente de Manutenção pode ser usado totalmente on-premises, na sua versão Enterprise.
Fique à frente com segurança!
Nosso time de especialistas em tecnologias avançadas oferece soluções personalizadas para o setor industrial e pode ajudar na implementação do Assistente de Manutenção e outras tecnologias com maior segurança digital na sua indústria. Entre em contato conosco!